quinta-feira, 29 de abril de 2010

O Fenômeno dos Jornais Populares





O direito à informação é um dos principais fundamentos do Estado Democrático de Direito, consolida a cidadania e permite ao povo exercer o poder estatal. Os jornais populares são importantes porque, hoje, garantem o acesso de muitas pessoas a esse bem-comum.

Vendidos a preços baixos, compostos por muitas imagens, linguagem curta e direta, repletos de promoções e publicidade, eles vêm ganhando espaço no país, especialmente após a crise, conforme dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC), e nas classes mais baixas devido a um aumento de poder aquisitivo, segundo Odmar de Almeida Filho, diretor executivo do mercado jornais do grupo Estado. Além disso, não costumam ter serviço de assinatura e são distribuídos por vendedores ambulantes terceirizados.


São exemplo os jornais "Extra" do Rio de Janeiro, "Diário Gaúcho" do Rio Grande do Sul e "Super Notícia" de Minas Gerais. Todos estão na lista dos 10 maiores jornais brasileiros, e o último ainda assumiu a liderança no ranking de vendas de periódicos diários do país, segundo dados de 2009 da Associação Nacional de Jornais (ANJ).


Esse tipo de periódico já representa um percentual bastante alto das tiragens do país. Os vendedores comprovam: Luís Vicente, que trabalha em frente à PUCRS, afirma que vende, em média, 180 Diários Gaúcho para 12 Zero Horas por dia.


É bastante normal ouvirmos críticas destinadas a esse tipo de meio de comunicação. Em contrapartida, este ano o Diário Gaúcho comemorou seus 10 anos com uma festa realizada no Gigantinho, em Porto Alegre que contou com mais de 20 atrações. O mesmo ainda conseguiu a segunda colocação na categoria jornal como marca mais lembrada, logo após a Zero Hora, na pesquisa Top of Mind 2010 realizada pela Revista Amanhã e pela Segmento Pesquisas.


Há ainda quem acredite que é muito mais difícil construir e manter um jornal popular. O apelo visual deve ser muito bem trabalhado e os jornalistas são desafiados a conquistar diariamente os leitores.



VÍVIAN DE MELO LENGLER

terça-feira, 20 de abril de 2010

Redes Sociais

As Redes Sociais são uma representação das relações de um grupo de pessoas entre si. O termo, hoje, especialmente para os mais jovens remete à internet, visto que ela amplia as possibilidades de conexões, além de disponibilizar a troca rápida de informações com diferentes lugares no mundo.
É muito importante não confundir rede social com o site na qual ela está inserida. Na verdade, elas são as próprias pessoas: os nós são os indivíduos e suas conexões, e os laços, os grupos. O que não pode ser ignorado, contudo, é o crescimento desses sites que as comportam. O Brasil é um dos países onde eles tem mais alcance.
De acordo com dados da comScore, o Facebook foi responsável por 41% de todo o volume de tráfego entre as mídias sociais nos EUA (registrado em março). O orkut ainda é o favorito no nosso país, com aproximados 29 milhões de brasileiros por mês - sendo daqui mais de 50% dos perfis, seguido pelo Facebook e Twitter.
Essas tecnologias já fazem parte do nosso dia a dia e, com certeza, trouxeram e trazem modificações à maneira como vivemos. Uma discussão bastante comum acerca desses meios é o questionamento: os laços criados nessas redes, de fato, substituem os outros laços e mais do que isso, nos fazem sentir/ser menos solitários? Esses sites, embora nos proporcionem a possibilidade de ter mais amigos do que já tivemos em toda a nossa vida, constituem, de certa forma, um contato superficial entre os seres humanos e, normalmente, não conseguem suprir suas carências emocionais e afetivas.
Outro fator determinante desse tipo de interação é que raramente podemos saber se a pessoa com a qual nos comunicamos é a pessoa com quem pensamos o estar fazendo. Esses meios permitem que se crie perfis colocando neles as informações que desejamos, sem necessariamente ter um compromisso com a verdade. Isso não significa que sejam ruins, são neutros, na verdade. Se tornarão prejudiciais ou benéficos dependendo de como usamo-los. Por isso, é fundamental, nessa hora, lembrarmos o seu vasto potencial de transformação da sociedade.
Vívian Lengler