segunda-feira, 31 de maio de 2010

O Programa de Rádio

Apresentar um programa de rádio pela primeira vez é, definitivamente, uma experiência inesquecível e incrível. De fato, parecia até uma brincadeira, já que nos divertimos tanto. Não deixamos de ser sérios e competentes, contudo.
Já estávamos com tudo organizado e ensaiado. Restava apenas ouvir as instruções do professor que nos auxiliou durante o programa e aguardar os últimos segundos da música que antecedia o Em Dia Com a Notícia.
Assim que o sinal de que o momento chegara nos foi feito, meu coração - e estou certa de que não foi só o meu - disparou completamente. A Bárbara, nossa ancora, estava encarregada de controlar o som e conseguiu fazê-lo bem direitinho, nos tempos exatos.
Depois ela foi introduzindo cada um de nós ao programa. Todos se saíram muito bem, consguiram falar corretamente e disfarçar os pequenos erros comuns ao nervosismo. Além disso, nossa programação foi tão bem preparada que fechamos 18 minutos (dos supostos 20 minutos) e colocamos a música que havíamos previsto para concluir. PARABÉNS!
A sensação que eu tive, compartilhada por alguns elementos do grupo, é de que o programa passou rápido demais, de que durou 2 minutos, não 20. Dava vontade de ficar lá muito mais tempo! Já os textos que falávamos/líamos pareciam simplesmente infindáveis por conta da nossa ansiosidade.
Agradeço ao meu grupo por todo trabalho e compreensão. Será bastante prazeroso trabalhar com vocês no módulo TV. Espero, ainda, que nossos trabalhos não se restrinjam à faculdade.
Vívian de Melo Lengler

sábado, 29 de maio de 2010

A preparação para o programa de rádio

Ainda que tenham sido poucas as aulas sobre o módulo rádio no laboratório de jornalismo, elas foram suficientes para que eu enxergasse esse tipo de jornalismo por outro ângulo. Incrivelmente, não aprendi só o valor e a importância que ele tem, mas confesso que até senti uma "vontadezinha" de ser radialista.
Na verdade,trabalhar com rádio, até algumas semanas atrás não fazia parte do meu dia a dia, e era difícil imaginá-lo nos planos da minha futura carreira como jornalista. Já tinha escrito textos, fotografado algumas coisas e até aparecido falando na TV. Rádio, nunca.
Imgine, então, que com apenas duas aulas sobre essa mídia, foi necessário me preparar para gravar um programa na RádioFam. Obviamente, foi um pouco assustador no início - e não muito fácil. Valeu a pena mesmo assim!
Não era para menos, meu grupo era ótimo: Bárbara, Bruna, Fernanda, Gabriela, Lucas, Mariana e Vitória, além de mim. Assim que nos juntamos, já dividimos os assuntos e o tempo de cada um. Foi com responsabilidade, dedicação e ajuda mútua que, com um prazo de uma semana, conseguimos ajustar tudo para apresentar, finalmente, o "Em dia com a notícia".
Escolher um tema, preparar o material, adaptá-lo às limitções e características do rádio, treinar sozinho, treinar em grupo, esperar que o professor chamasse o grupo, ir caminhando até a "salinha mágica", sentir aquele friozinho na barriga ao entrar, acomodar-se nela, colocar fones de ouvido... o processo que antecedeu o programa foi, com certeza, tão emocionante quanto ele.
Vívian de Melo Lengler

AC/ Em Dia com a Notícia

O nome foi a ultima decisão na tarefa do programa de radio. Quando ele surgiu, minutos antes da entrada ao ar, todo o resto já estava preparado e combinado. Conseguimos, com certeza pela nossa sintonia e dedicação, estar 10 minutos antes da hora no corredor, treinando e repassando o roteiro só a espera da chamada do professor. Antes disso, na semana anterior, saímos da aula com todas as editorias predeterminadas, cada um foi pra casa com a missão de pensar no seu assunto. Ate a trilha ja estava definida, lembram? Aquarius. Alguns imprevistos surgiram, claro, mas tudo foi magistralmente aparado e o roteiro, lapidado. Chegando aqui, hoje pela manha, eu, ancora, escrevi o roteiro através dos assuntos de vocês, mancheteiros ou comentaristas, que já estavam organizados tornando o meu trabalho muito mais simples. Algumas manchetes novas foram pegas na internet, mais tempo sobre a copa foi concedido a Gabriela, responsável pelo esporte, e tudo foi se encaixando lindamente. No ar, calorão. Fiquei sabendo que o ancora também controlava a trilha e a mesa de som. Todos a postos, com medo de falar na cabine, tomamos toda a água da Vitória para limpar a garganta e claro, pra acalmar. Serviu.
Estando no ar, nos olhávamos com olhares mistos de nervosismo e felicidade: no futuro ganharemos dinheiro para nos divertirmos como estávamos naquela hora. Alguns deslizes, claro, surgiram, mas quase não foram percebidos, segundo o professor Fabian. Melhor assim. Sei que pra vocês também foi mágico e maravilhoso, muita emoção e felicidade de estarmos onde estávamos. Agora, em particular, amei trabalhar com cada um de vocês. E, publicamente, pesso desculpas para a Vitória, por ter te cortado um assunto e para Bruna por ter te perguntado, improvisando, sobre teu o assunto.
Queridos, vocês são ótimos e esse e só o começo!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Devaneio sobre a balança

A balança da qual eu falo não é aquela comentada diariamente pelas mulheres. É uma outra bem mais importante pra mim do que a que nos mostra a quantidade de massa que o nosso corpo tem. A balança que eu falo é aquela que precisa equilibrar trabalho e família – sinônimo de descanso neste caso.
Em uma das primeiras aulas o professor Fabian comentou sobre uma oportunidade de trabalho fora do país na qual seria mais bem remunerado que ele negou “por motivos de força maior”.
Essa atitude, de grande estima pra mim, é uma prova viva de que nem todo jornalista é “neurótico” pelo trabalho como muitos pensam e que eles prezam sim por um “equilíbrio”. Alguns pelo menos.
O equilíbrio tanto das atividades quanto nas atividades é fundamental inclusive para um melhor desenvolvimento profissional. E essa tranqüilidade se torna mais importante ainda em se tratando dos profissionais de jornalismo. A profissão é uma das mais sujeitas às doenças relacionadas com o stress juntamente com a profissão de piloto de avião.
Mas essa neurose não afeta só os comunicadores. Todos os dias pessoas são internadas nos hospitais com problemas da saúde decorrentes do stress. É comum a síndrome do coração partido: “problema cardíaco de pessoas que trabalham demais”. Define uma amiga que sofre da doença. Nesse caso, os pacientes são obrigados a ficar recolhidos por um bom tempo longe de seus trabalhos. Esse pensamento de afastamento compulsório me faz repensar na importância do descanso.
Pesquisas mostram que o lazer e atividades físicas são fundamentais para um bom rendimento do profissional. Alguns chefes apostam: mais vale um profissional descansado do que três sobrecarregados e stressados. A tranqüilidade rende lucros para as empresas.
Mas claro, o equilíbrio não implica, necessariamente, em trabalhar pouco a favor da diversão. Falo de um trabalhar consciente e relativamente calmo. Não com uma calmaria externa quase impossível no jornalismo, mas sim com uma calmaria interior. Quem soma-la com a dedicação já sai bem na frente.
Não quero, nunca, pensar em ficar muito tempo -ainda que sejam horas- sem trabalhar porque como já dizia Confúcio “Quem faz o que gosta não trabalha nunca”. Mas que o equilibro esteja na minha mente e me livre da abstinência.

A balança que eu falo não é aquela comentada diariamente pelas mulheres. É uma outra bem mais importante pra mim do que a que nos mostra a quantidade de massa que o nosso corpo tem. A balança que eu falo é aquela que precisa equilibrar trabalho e família – sinônimo de descanso neste caso.
Em uma das primeiras aulas o professor Fabian comentou sobre uma oportunidade de trabalho fora do país na qual seria mais bem remunerado que ele negou “por motivos de força maior”.
Essa atitude, de grande estima pra mim, é uma prova viva de que nem todo jornalista é “neurótico” pelo trabalho como muitos pensam e que eles prezam sim por um “equilíbrio”. Alguns pelo menos.
O equilíbrio das atividades é fundamental inclusive para um melhor desenvolvimento profissional. E essa tranqüilidade se torna mais importante ainda em se tratando dos profissionais de jornalismo. A profissão é uma das mais sujeitas às doenças relacionadas com o stress juntamente com a profissão de piloto de avião.
Mas essa neurose não afeta só os comunicadores. Todos os dias pessoas são internadas nos hospitais com problemas da saúde decorrentes do stress. É comum a “síndrome do coração partido”: “doença cardíaca de pessoas que trabalham demais” me define uma amiga que sofre da doença. Nesse caso, os pacientes são obrigados a ficar recolhidos por um bom tempo longe de seus trabalhos. Esse pensamento de afastamento compulsório me faz repensar na importância do descanso.
Pesquisas mostram que o lazer e atividades físicas são fundamentais para um bom rendimento do profissional. Alguns chefes apostam: mais vale um profissional descansado do que três sobrecarregados e stressados. A tranqüilidade rende lucros para as empresas.
Mas vale lembrar, o equilíbrio não implica, necessariamente, em trabalhar pouco a favor da diversão. Falo de um trabalhar consciente, relativamente calmo. Não com uma calmaria externa quase que impossível no jornalismo, mas sim com uma calmaria interior. Quem soma-la com a dedicação já se sai bem na frente. Não quero, nunca, pensar em ficar muito tempo -ainda que sejam horas- sem trabalhar porque como já dizia Confúcio “Quem faz o que gosta não trabalha nunca”. Mas que o equilibro esteja dentro dos profissionais.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O jornal impresso vai acabar? Tomara!

Para muitos, os jornais não vão acabar. Eles já estão acabando.
Primeiramente, que fique claro: o foco dessa discussão é o fim do papel como meio de jornalismo e nunca o jornal em si.
O jornal impresso foi a primeira forma de comunicação de massa. Era lento e burocrático, mas formador e, depois, informador. O tempo nos mostra que o que se queria eram edições cada vez menos esporádicas. Desejavam que cada notícia chegasse às pessoas o mais rápido possível. Primeiro
mensal, depois, quinzenal, semanal e assim por diante. Estávamos nos encaminhando para o tradicional "diariamente". Porque, hoje, se prefere o papel em detrimento da rapidez sempre tão desejada? Com certeza o primeiro jornal do mundo, o Nieuwe Tijdinghen, que surge aproximadamente em 1605 desejaria a agilidade de um jornal online.
Essa polêmica é mais que natural. Além do receio que se tem de "perder" uma cultura tão enrustida como essa, se ganha muito com o "papel de notícias". Roger Filder, diretor do projeto da Knight-Ridder, dizia que os jornais eletrônicos iriam substituir as edições impressas por volta de 2005 - chegou perto. Para os mais privilegiados economicamente essa já é uma realidade.
O edito chefe do jornal "O Globo", Ali Khammel, acredita que os jornais impressos ainda tem uma vida longa pela sua versatilidade. O projeto é modificar o conteúdo: de informativo para interpretativo, como nos primórdios da comunicação.
A verdade é que as pessoas dificilmente lêem notícias e sobre elas criam opiniões. Não são raros os casos de adultos contemporâneos que foram "construídos" a partir de opiniões de jornalistas. Essa realidade indica uma probabilidade grande de que o jornal impresso pode agradar em seu novo modelo. Contudo, para divulgar opiniões a internet também serve.
O interesse é unico e exclusivamente dos proprietários de jornais impressos que temem a mudança. Muitos não admitem adotar o sistema de assinaturas online. Não faturariam tanto quanto com o jornal impresso, pensam eles.
Khammel afirma ainda que muitos grupos editoriais do mundo inteiro estão aplicando grandes quantias de dinheiro na modernização de seus parques gráficos. Eles pretende continuar a investir em seus produtos impressos. Não é nada condenável sua vontade de vender, mas cabe a nós a conscientização e decisão de o impresso permanece.
No início dos anos 2000, Leo Bogart, sociólogo e consultor da Newspaper Association of America, dizia que os jornais convencionais iriam sobreviver e prosperar no mundo digital e uma das razões era o fato de que por maior que seja a evolução das telas dos computadores (leves, portáteis, de cristal líquido), elas jamais teriam a capacidade do jornal de serem dobradas ou enroladas e levadas para toda a parte. Mas essa possibilidade já existe.
A parceria entre LG e Philips, que produz painéis LCD na Coréia do Sul, já anunciou o novo papel eletrônico. Em formato A4 e com a espessura de uma folha de papel, o "e-paper" pode ser dobrado e só gasta energia quando a imagem é alterada.
Indícios são fortes: segundo o Observatório de Imprensa: desde 1990, 25% das vagas na imprensa diária americana foram fechadas; somente 8% das pessoas ouvidas em uma pesquisa pretendem se informar pelos jornais impressos no futuro; O Monitor, jornal de política internacional, deixou de circular em papel, a até mesmo o New York Times tem quedas freqüentes em seu veículo impresso.
O jornal impresso é muito menos interativo que o digital, é único e exclusivamente utilizador de uma comunicação de mão-única, tem um poder de alcance disdizente com a realidade de rapidez e instantaneidade, possui notícias que se atrasam sem a possibilidade de complementação de informação e o ônus mais relevante: é de árvore.
Do outro lado da história, ambientalistas buscam soluções para lixos que não podem deixar de serem consumidos, e os jornais, que podem ser substituídos pela Internet se dão ao luxo de querer sobreviver. Luxo ou lixo?
Por enquanto ainda é ótimo que o jornal impresso exista, nem todos já tem oportunidade de comprar um eletrônico. Mas o meu otimismo que grita que tudo acontece quando deve acontecer torce, profundamente, para que esse dia chegue logo. O planeta agradece.