sexta-feira, 25 de junho de 2010

As aulas do Laboratório

Senti que deveria fazer um post sobre as aulas do laboratório. Nada muito extenso, apenas uma forma de demonstrar o sentimento que ficou em mim a respeito delas.
Bom, só o nome laboratório de jornalismo já me deixava ansiosa desde que fiz minha matrícula na PUCRS. Porque laboratório dava uma idéia de "colocar em prática" e, por mais bobo que pareça, a palavra jornalismo causava uma sensação de orgulho em mim, hahaha. Depois de participar da primeira aula, minhas expectativas só aumentaram.
A cadeira realmente prometia "nos apresentar ao microfone", como disse um dos professores (desculpem-me, ter dois professores é confuso, não me lembro qual dos dois). E além disso, ainda que o Fabian e o Pellanda tenham nos deixado um pouco tontos de tantas informações e histórias, eu - e sei que não só eu - gostamos muuuito deles.
A disciplina foi, com certeza, melhor do que minhas enormes expectativas previam. E não digo isso porque, certamente, os professores lerão o post. Mas porque realmente foi. Eu tinha ideias diferentes da profissão e talvez o laboratório tenha sido uma das cadeiras em que aprendi mais coisas sobre ela.
Aprendemos muito sobre a a internet, nas primeiras aulas e foi então que criamos este blog. Depois estudamos o jornal impresso e fizemos, nós mesmos, um jornal - que estou ansiosa para receber. Ainda estudamos rádio e TV e gravamos, ao vivo, programas das duas mídias. Foram experiências bastante construtivas na nossa vida profissional e que abriram minha mente diante de várias novas possibilidades.
Parece incrível, mas eu, que sempre tive dúvidas de como era sentir-se preparada para realizar determinada atividade, me sinto hoje com potencial e vontade para trabalhar nas diversas áreas que o jornalismo me oferece. Agradeço isso a vocês, Fabian e Pellanda. Pelos conhecimentos, pela aprendizagem, pela parceria, pela ajuda até fora da disciplina, por serem tão receptivos e disponíveis... muito obrigada!

Minha amada TV...

Equipe do Programa Em Debate com o Comissário Aneli


“Há o trabalho que paga as contas e o que alimenta a alma.”

[Renato Alerção]


Assumindo a postura idealista muitas vezes já criticada, escrevo esse post.

Tão nervosa como se estivesse prestes a cobrir uma guerra, tão feliz como se estivesse sendo contratada para ser repórter. As experiências com a câmera foram maravilhosas. É incrível como o microfone me emociona. Pra descontrair, fiz muitos vídeos, mas o pessoal não gostou muito da idéia, deixava-os mais tensos.
Estava esperando aqueles dias desde que soube que eles iriam acontecer. Para o dia do exercício me preparei, li, entendi. Na hora, nada de nervosismo. Um segundo após acabar, tremia. Confesso: meu nervosismo é retardatário. Agradeço à vida por isso!
Havia perguntado ao professor Fabian se podia falar sorrindo. Era para “incorporar” a notícia? Que nada. Sabia que o sorriso ia aparecer tamanha era a minha alegria de estar ali. Dei uma gaguejadinha, parecia uma estátua segurando o papel que não serviu pra nada, mas afora isso, amei.
No programa ao vivo muito nervosismo, até minha voz nos vídeos de bastidores estava desregulada tamanha era a tensão. Deu tudo certo. Mais uma vez: uma gaguejadinha. E essa pareceu perdurar por pelo menos uns cinco anos. Se fomos relativamente bem, modéstia a parte, não foi por acaso. Estudamos muito sobre o assunto e tudo foi combinado com muita antecedência. Provavelmente tenha sido essa energia de engajamento que atraiu o nosso magistral entrevistado Nilson Aneli – comissário da polícia civil que se emocionou e emocionou a todos no estúdio.
Amei tudo! Simplesmente por me sentir uma futura jornalista. Mas claro, minha exigência que não se cala me diz para encerrar: Falta muito!
Mas não é incrível como a gente fica bobinho com essas coisas? É só uma câmera, são só uns 30 segundos, são só os professores, e é só o saguão da Famecos certo? Errado.
Para aquela criança que desde os três anos fazia entrevistas, jornalzinho da família e grandiosos programas jornalísticos no gravador velho do pai, tudo aquilo era o começo concreto da realização de um sonho. E assim, com certeza, será.


quinta-feira, 24 de junho de 2010

O Programa de TV

Acabamos de gravar o programa de TV. Estamos ainda com os resquícios de nervosismo e agitação que sentimos durante o a apresentação. O programa era composto por dois blocos: uma entrevista e, em seguida, um debate.
Há alguns minutos atrás preparávamos os últimos detalhes para entrar no ar com o programa "Em Debate". Concluíamos a ordem da cada um, preparávamos mais ou menos as falar, o tempo, os sinais que uns fariam para os outros e aqueles pequenos detalhes
 que surgem com o nervosismo da espera. Assim que recebemos nosso entrevistado, Nilton Aneli, nos dirigimos ao laboratório e ficamos aguardando.
O nosso assunto era o Crack e tínhamos bastante conteúdo. No primeiro Bloco, apresentaram-se  Bárbara, como âncora, Gabriela Brasil, Fernanda e Vitória. O restante do grupo, me incluindo nessa parte, ficou atrás das câmeras auxiliando o pessoal. Eu tive o prazer de manusear a câmera, foi um momento muito bom, pois sempre gostei de fotografar e filmar. O professor Pellanda foi o meu instrutor nesse momento para que eu fizesse tudo certo.
O entrevistado, assim como as meninas, se saíram muito bem. O tempo foi certinho, as perguntas foram bem feitas, não deu par perceber nervosismo e para deixar ainda mais especial, Nilton ficou tão emocionado por estar falando de um assunto tão terrível que, ao narrar uma parte de sua participação no combate ao crack, se emocionou e chorou. 
Ficar atrás das câmeras foi superlegal; entrar no ar pela primeira vez, contudo, foi uma experiência maravilhosa que me ensinou muitas coisas. Além disso, foi emocionante demais. O Lucas era o âncora do segundo bloco. Além dele, participamos do debate, eu, a Bruna e a Mariana. Por estar mais perto deles do que do primeiro grupo, pude perceber seus nervosismos, hesitações e sentimentos. Eu não estava nervosa no início. Mas assim que abri a boca para falar fiquei muito ansiosa. E logo comecei a sentir minha perna tremer, hahaha. 
Apesar de tudo, falamos todos muito bem. A única coisa que deu um pouco errada foi no finalzinho, mas acredito que não tenha transparecido muito. Foi quando a Fê me fez um sinal de que tínhamos três minutos. A Mariana e o Lucas me olharam e eu entendi que eles não tinham mais o que falar (entendi errado, por sinal) então eu fui falar, mas fiquei tão assustada com medo que fizéssemos feio e que o assunto tivesse terminado que esqueci e dei uma "gaguejadinha". Mas acredito que não tenha sido tão perceptível para quem vê o programa, pois a sensação é sempre maior do que o acontecimento em si nessas horas.
Conseguimos concluir as duas partes com o tempo certo e o grupo está de parabéns. Se não fôssemos tão dedicados, ainda que esta semana tenha sido a maior correria por conta do final do semestre repleto de provas e trabalhos, não teríamos nos saído tão bem.
Foi um prazer, novamente, trabalhar com vocês. Foi ainda melhor que no rádio. Espero, como já disse no outro post, que possamos fazer mais trabalhos juntos.

Vívian de Melo Lengler

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Importâcia da Imprensa

Desde o início do semestre, quando entramos na Famecos sem saber exatamente o que viria pela frente, aprendemos, em todas as disciplinas que diziam respeito ao jornalismo, a importância da imprensa na sociedade. Isso foi comprovado em muitos momentos da história do mundo e, inclusive, do Brasil. É fundamental que nós, futuros jornalistas, sejamos conscientizados desde o primeiro contato com a profissão a fim de que possamos ser bons profissionais sem repetir aqueles erros que já foram cometidos por outros.
Até gostaria de postar exemplos bons; aquilo que nos choca negativamente, contudo, tende a nos fazer refletir mais. A televisão, o rádio... independe da mídia, na verdade. Os jornalista é que têm credibilidade. Cada vez mais eles precisam ser “importantes”, mas não era assim antes. O fato de que eram jornalistas, venho percebendo, já lhes assegurava credibilidade pela maior parte da população.
Quando estudamos rádio, no laboratório, ouvimos falar da história da Guerra dos Mundos. Nos EUA foi narrado um trecho do livro Guerra dos Mundos adaptado. O locutor dizia que um meteoro havia caído próximo a Nova York e que dele saiam marcianos “do mal”. Isso apavorou a população por completo. Todos estavam histéricos e não se sabe o que teria acontecido se o ele não tivesse anunciado: "Vocês acabaram de ouvir a primeira parte de uma irradiação de Orson Welles, que radiofonizou A guerra de dois mundos, do famoso escritor inglês H. G. Wells".
Outro momento que marcou o Brasil foi o nascimento do Bebê Diabo. Não que, sinceramente, o Notícias Populares fosse um jornal ao qual se deveria muita credibilidade, mas o fato é que essa história transtornou a população de São Paulo. O fato de que um bebê nascera com um prolongamento no cóccix e duas pequenas saliências na testa - problemas resolvidos com uma simples cirurgia na própria maternidade - foi descrito de maneira totalmente distorcida e sensacionalista e provocou inúmeras reações nos leitores.
A história que realmente me feriu, como estudante de jornalismo, foi o caso “Bar Bodega” (livro: Bar Bodega). Ainda que eu tenha passado mal e desistido de ler na 33ª página pelas cenas desumanas descritas, alguém me convenceu a continuar ledo e eu agradeço (a Bárbara, hehe). E com as descrições minuciosas de Carlos Dorneles, fica bem claro que a imprensa é uma das maiores – senão a principal – culpada da acusação injusta de nove rapazes e, logo, a destruição completa daquilo que se pode chamar de vida digna, para cada um deles.
É inacreditável a tamanha irresponsabilidade dos jornalistas. Simplesmente, não houve checagem – que é princípio da profissão. Basearam-se apenas nas versões da polícia. Nenhuma opinião contrária, nenhuma das várias denúncias de tortura e nem a opinião dos próprios funcionários do bar, que acompanharam o crime, foi publicada.
Não vou contar o livro inteiro. Digo, entretanto, que foi um erro, na minha opinião, muito mais grave que o próprio crime. E para piorar a situação, não foi a primeira vez que a mídia erra e, de fato, também não a última. O caso Nardoni, inclusive, independente de eles serem culpados ou não, foi julgado muito antes do julgamento oficial, a mídia já tinha "esclarecido" quem era culpado e quem não era.
Embora me decepcione muito a irresponsabilidade e os otros diversos problemas descritos nesses casos, não disse nada disso porque estou desgostosa da profissão. Continuo achando-a belíssima, e falei tudo isso exatamente para tentar alertar e mostrar o quão imoprtante é a profissão e que nós, [futuros] jornalistas, temos o dever de não deixar que isso aconteça de novo.

Vívian de Melo Lengler